Não entendo porque ainda persisto em me apegar em um sonho que pela tenue linha entre a realidade permanece-me proibido, assim como o sonho de Icarus, que ao alçar de suas asas foi tragado pelo calor do Sol. Limito-me ao fato de que palavras por mais belas e doces continuam sendo pedaços de um coração jogados ao vento, prometi a mim mesmo te esquecer visto que não tenho capacidade de odiar-te mesmo por maiores sofrimentos que venha a me causar.
Cicatrizes passadas o tempo ainda não curou, as lagrimas por mim vertidas ainda são as aguas daquele imenso oceano em que me afogo sem a chance de que alguma alma venha me salvar, e exausto ainda tento sobreviver aos dias de desalento que solitaria e demoradamente insistem em ir e vir.
Ainda que o vento que me beija seja o mesmo vento que me empila a desistir, continuo a insistir no que eu posso considerar burrice pois me desespero a cada miragem que surge ao horizonte, me apegando a qualquer falsa esperança.
Não me lembro da ultima vez em que em solo firme pisei, talvez o mar que em que me afogo é aquele mesmo mar em que nasci, e no final talvez venha a perecer sem ao menos ter deitado-me em terra firme para descançar ao menos por um pouco de tempo...
Quem sou eu
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