- Barrow-on-Furness
- I
- Sou vil, sou reles, como toda a gente
- Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
- Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
- Quem diz que busca é porque não os tem.
- É com a imaginação que eu amo o bem.
- Meu baixo ser porém não mo consente.
- Passo, fantasma do meu ser presente,
- Ébrio, por intervalos, de um Além.
- Como todos não creio no que creio.
- Talvez possa morrer por esse ideal.
- Mas, enquanto não morro, falo e leio.
- Justificar-me? Sou quem todos são...
- Modificar-me? Para meu igual?...
- — Acaba já com isso, ó coração!
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- Quando eu lia este poema de Alvaro de Campos, ele me chamou a atenção.
- Talvez por minha pseudo-entronização como rei de meu mundo, blah!, o que é isso?
- Talvez por que eu venho escrevendo poemas é que eu achei a primeira estrofe interessante.
- Sou vil, sou reles, como toda a gente
- Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
- Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
- Quem diz que busca é porque não os tem.
- Ideias, Ideais...Tudo surge, tudo morre, e no final.
- Como todos não creio no que creio.
- Mas um dia ainda chego la. Trabalho, não muito, mas trabalho, para um dia um livro lançar.
- quem sabe.
- Como disse:
- Como todos não creio no que creio.
- Talvez possa morrer por esse ideal.
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