Be Welcome to a ocean of bloody tears

There are more things in heaven and earth,
Than are dreamt off in your philosophy.

Shakespeare, William
_The Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Sentimentos - Capitulo 2 - Medo

Nunca pude te contar tudo que sinto por você, bem que tentei, sempre jogava "migalhas de pão", bastava você as segui-las. Sempre tive medo de te dizer tudo que realmente sinto por você, não era um medo infantil que com um abraço e algumas palavras bastavam para sanar, era e ainda é algo que não consigo explicar para mim, mesmo, e o que inutilmente tento fazer, tento correr.

Prometi nunca te esquecer, por mais que eu evite fitar-te mesmo quando ao longe não olhas para traz, é apenas para tentar reduzir um pouco minha dor, meu medo. Sinto que a cada dia tudo nos impele a direções contrarias. Sinto que com isso meu medo toma formas que não posso explicar, ouvir sua voz, me faz chorar, pensar em você, me faz chorar, porém o mero retrato seu, ou a mera nuvem quem forma-se de maneira semelhante a você sorrindo, me causa profunda alegria.

Se eu pudesse fazer qualquer coisa para sanar, seus medos, suas aflições, me sacrificaria por você, talvez em algum momento você se pergunte porque, porque será que uma pessoa que conheço desde quando éramos crianças faz isso?
Por que uma das "migalhas de pão" que joguei para você foi, prometer-te que nunca iria te esquecer, por mais que eu tente, sempre no horizonte, procuro-te, não importa o local. Sempre olho ao redor para simplesmente, por um mero instante poder ver seu vulto.

Isso me faz surgir dentro de mim um medo diferente, não o medo de ficar sozinho, me acostumei a esse fato, mas tenho medo de um dia não poder mais te ouvir, não poder mais te ver por alguma besteira que fiz. Por isso não consigo mais do que dizer que fico muito feliz por saber que você esta bem e que esta alegre.


O medo consome. É como um fogo ateado em uma floresta seca que há muito não um mínimo resquício de agua para que possa ter um pouco de vida. Uma floresta que se sustenta porque a sua carcaça não a deixa desmoronar. É como se por dentro nada existisse, um vácuo interno. Mesmo a pequena garoa já é o suficiente para essa triste floresta ter um pouco de esperança. Ao redor tudo parece verde, mas ninguém tem a curiosidade de olhar para dentro. O medo é como a luz que entra nessa floresta e entre os seus emaranhados se perde. Assim como a luz o medo também nutre as árvores mórbidas. Insólitas criam raízes em mundo imaginários, sonham com uma realidade que transgride o real. Viajam em seus mundos particulares. De onde vim? Para onde vou? Se responde vou atrás da luz.

Sentir medo é normal, todos nós uma vez já sentiu medo, e é por isso que estamos vivos. O medo nos ajuda a viver, pois sem ele morreríamos de uma maneira absurda, por exemplo.: Vamos pular desse precipício sem fim para ver se ele tem um fim.

No final das contas podemos dizer que tememos o futuro, tememos olhar adiante, o medo já esta incrustado de forma que não importa os esforços, ele sempre vai nos dominar em algum instante. Sempre temos o receio de fazer algo, pois pensamos em suas consequências. temos medo por nos apegar demasiadamente na esperança. Esperança que um dia possamos se aquilo que desejamos, ter o queremos, e ser o queremos ser.